O Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher), por meio do setor de Psicologia, realizou na manhã desta terça-feira (12) ações em alusão ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. A programação teve início às 8h, com a palestra da psicóloga Roberta Machado, doutora em saúde coletiva, no auditório da biblioteca do hospital. O tema foi "Prevenção ao suicídio e manejo de crises psíquicas".
Durante todo o dia, foram distribuídos laços amarelos, símbolo da campanha, e oferecidos atendimentos psicológicos pontuais às pacientes das enfermarias, da Casa da Puérpera e do Método Canguru.
"Discutir o suicídio é falar de saúde mental e perpassa por todas as áreas, inclusive em uma maternidade como o Hospital da Mulher, que realiza mais de 700 partos por mês", afirmou a psicóloga Roberta Machado.
"Quando pensamos na maternidade, avaliamos a fragilidade da gestação e do puerpério. São várias coisas que passam por essa mulher, desde a questão social, como a presença na família, até fatores psicossociais, como história de doença psiquiátrica, tristeza pós-parto, depressão pré-natal, baixa autoestima, sintomas ansiosos no pré-natal, estresse e uma gestação não planejada", alertou a psicóloga.
De acordo com a diretora-presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilberte Lucas, o Hospital da Mulher mantém uma equipe ambulatorial e platonistas para atendimento especializado todos os dias.
"A nossa preocupação com a gestante começa na emergência e damos todo suporte na assistência durante e depois do parto. Temos uma equipe de psicologia com nove profissionais na assistência das enfermarias, nas unidades de cuidados intermediários I e II, que também atendem as mães da Casa da Puérperas e do Método Canguru. Temos mais três psicólogos na assistência ambulatorial e um profissional da equipe de psicologia exclusivamente para atender nossos funcionários e colaboradores", destacou Gilberte Lucas.
Para a psicóloga Verônica Taveira, atuar no acolhimento do Hospital da Mulher é tornar a assistência humanizada cada vez mais.
"Diariamente, é realizado a escuta às mulheres pós-parto a fim de dar um suporte qualificado a essas mulheres que muitas vezes passam por inúmeros sofrimentos no dia a dia", afirmou a psicóloga.
"É muito importante trabalhar em equipe com o serviço social do hospital, onde muitos casos são identificados. Após uma anamnese, uma entrevista realizada entre médico e paciente, conseguimos identificar o problema e atuamos a fim de conseguir seu bem-estar", concluiu Verônica.
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