A programação da sexta-feira (29) da 16ª edição da Feira do Livro / Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs) contou com a participação da premiada escritora Aline Bei. Autora dos romances ''O peso do pássaro morto'' (2017), vencedor dos prêmios São Paulo de Literatura e Toca, e de ''Pequena coreografia do adeus'', finalista dos prêmios Jabuti e São Paulo de Literatura, a escritora falou sobre a importância da capacitação e do estudo para a formação do escritor, que o lugar da escrita precisa ser de arte e sobre o romance que está escrevendo.
Sobre o novo livro que tem previsão de lançamento para o final do próximo ano, a escritora falou que a obra tem um tempo próprio e que está trabalhando com afinco. ''É o meu processo mais maduro e que estou me divertindo mais. O pássaro foi uma coisa que eu nem percebi de onde saiu. A pequena eu percebi tanto que doeu demais, foi muito sofrido. E o terceiro eu sinto uma tranquilidade maior para elaborar essas emoções que tem se tornado urgentes de serem tecidas. Um livro que tem três figuras centrais, diferente dos meus livros anteriores. É só isso que eu posso dizer. Eu não gosto de falar quando ainda está na barriga'', afirmou.
Aline Bei ainda destacou a influência da literatura e da cultura baiana. “Para nós brasileiros, tudo o que é produzido aqui na Bahia é incontornável para a nossa cultura. A gente tem artistas muito fortes que vieram daqui, na música, na literatura e nas artes. O Itamar (Vieira Junior), por exemplo, inspira todos nós. O Jorge Amado foi um dos primeiros escritores que eu li. ‘Capitães de Areia' foi um marco na minha história de leitora. Acho que tudo isso influencia muito no modo como a gente entende a folha e a palavra”. O bate-papo com o professor Edson Oliveira ocorreu no Teatro do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), seguido de uma sessão de autógrafos.
Foto:Bernado Bezerra
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