Escola tem cor? A pergunta que norteou reflexões entre os estudantes da Escola Municipal Antônio Alves Lopes, as famílias e a comunidade do bairro Viveiros, faz parte de um projeto pedagógico que leva o mesmo nome e debate questões étnico-raciais. Nesta segunda-feira, 20, a comunidade escolar realizou uma mostra cultural e apresentou ao público os resultados das atividades realizadas através do projeto.
“Nós entendemos que estamos numa comunidade majoritariamente negra e que essas questões precisam ser debatidas e discutidas. O nosso objetivo é valorizar a identidade dessa comunidade. Esse trabalho inclui a formação de professores, roda de conversas com os pais ou responsáveis pelos estudantes e debates em sala de aula e hoje trouxemos o resultado do que foi realizado”, explica a diretora da escola, Bárbara Barreto.
As salas de aula da unidade escolar e área externa foram utilizados para a apresentação de diversos temas, como: brincadeiras africanas, culinária afro-brasileira, música, arte, personalidades negras e beleza, com as histórias das tranças e turbantes, além de um desfile para eleger miss e mister Beleza Negra.
As tranças são um símbolo de resistência e identidade cultural. Mickelly de Oliveira Santos, estudante do terceiro ano, adotou o penteado como uma forma de valorizar ainda mais a beleza negra. “Eu me sinto linda”, contou.
Para Valdineia da Silva, mãe de estudante, trabalhar a temática com os estudantes em sala de aula é uma ação importante de valorização da cultura negra. “Eventos como este incentivam que os alunos aprendam mais sobre a história, a cultura e sejam incentivados a compartilhar esses conhecimentos”, pontua.
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