Estudantes e professores de seis escolas municipais participaram nesta quarta-feira (22) da culminância do programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), uma iniciativa da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), que tem o objetivo de levar às escolas públicas e privadas noções de cidadania, direitos humanos, combate ao trabalho escravo e combate ao trabalho infantil.
Além da comunidade escolar, o evento realizado no auditório do SESI reuniu juízes e representantes da Anamatra, da Secretaria de Educação e da Belgo Arames, empresa parceira do programa.
Este ano, participaram do TJC as escolas municipais Joselito Amorim, São João da Escócia, Edelvira de Oliveira, Reverendo Severino Soares, Prof. Josenita Nery Boaventura e Maria Antonia Costa.
Durante toda a manhã, os estudantes mostraram o que aprenderam ao longo do programa através de apresentações artísticas, como encenações, coreografias, poemas, poesias e vídeos. Uma delas foi a Escola Municipal Professora Josenita Nery Boaventura que fez uma releitura da obra Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. A história foi encenada pelos estudantes da Educação para Jovens e Adultos (EJA).
“Eles estudaram a obra durante as aulas de português e estão envolvidos com a leitura do livro desde o início do ano. Quando o TJC chegou e nos foi dito que teríamos que apresentar, automaticamente pensamos que a história proposta em Morte e Vida Severina casava perfeitamente com a ideia da justiça e cidadania, uma vez que o abandono de Severino das suas origens coincidia com a história de vida de muitos alunos da EJA”, explica a diretora da unidade escolar, Ailana Miranda.
A estudante Maria Almeida dos Santos, 66 anos, contou que a experiência foi muito importante “porque pode aprender sobre direito, justiça e ética”.
Para a juíza do Trabalho e coordenadora do projeto TJC na Bahia, Maíra De La Cruz, o resultado do trabalho superou as expectativas.
“Nós percebemos um engajamento muito significativo. Saímos daqui hoje com o sentimento de dever cumprido, com uma satisfação muito grande em ver como esses jovens, ao longo do trabalho que foi desenvolvido nas escolas durante esse ano, finalizam a participação no programa muito mais conscientes dos seus direitos e deveres”, pontua.
Ao final, todas as escolas foram premiadas pelo empenho e participação no programa. “Falando de justiça, a gente não entendia como justo premiar primeiro, segundo e terceiro lugar e decidimos premiar a todos, diante da excelência nas entregas das escolas hoje, do engajamento entre os professores, alunos e Secretaria Municipal de Educação”, explica Caroline Lemos, que é gerente de Gente, Cultura e Engajamento na Belgo Arames, em Feira de Santana.
De acordo com a secretária de Educação do município, Anaci Paim, a aproximação com esse conteúdo ainda no ambiente escolar é importante para a formação de cidadãos conscientes dos seus direitos e responsabilidades.
“O programa proporciona um conhecimento maior do que a legislação preconiza para o pleno exercício da cidadania, aproximando os alunos da legislação, das determinações de direitos e dos deveres. São conhecimentos que, com certeza, levarão por toda a vida”, considera.
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