Dores constantes nos ossos e articulações, pequenas feridas na região do tornozelo e contaminação frequente por infecções podem indicar a presença da anemia falciforme. As manifestações clínicas da doença ocorrem a partir do primeiro ano de idade e estendem-se por toda a vida.
A coordenadora do Programa Municipal de Apoio à Doença Falciforme, Vera Lúcia Galindo, ressalta que há uma diferença entre a anemia por falta de ferro no organismo e a que é tratada na unidade.
“A falciforme é uma doença hereditária, passada de pais para filhos, e não há cura por meio da mudança de hábitos alimentares. Não acontece porque a pessoa está ingerindo menos feijão ou folhas verdes escuras, por exemplo. É um mal que pode gerar complicações e risco de morte quando não tratado de forma adequada”, pontuou a coordenadora.
O atendimento para portadores dessa enfermidade é exclusivo para moradores do município e disponibilizado no programa de apoio localizado na rua Estados Unidos, 51, Centro. Em média, 560 pacientes com a doença são acompanhados e recebem o suporte especializado ofertado pela Secretaria Municipal de Saúde.
O encaminhamento do paciente pode ser realizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) ou pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de Saúde da Família (USF). Para ser cadastrado, o interessado deve apresentar exame eletroforose de hemoglobina ou o teste do pezinho.
O Programa dispõe de acompanhamento multidisciplinar prestado por médicos, enfermeiros, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e assistentes sociais. Na unidade, os pacientes também têm acesso a consultas com hematologista, hematopediatra, neurologista, nefrologista, ortopedista, clínico geral e exames, como DTC e Eco-ped.
Foto: Wevilly Monteiro/ Arquivo
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