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Festa de Santa Bárbara movimenta turismo ligado ao sincretismo baiano

A festa reúne uma multidão, incluindo turistas nacionais e estrangeiros, que aproveitam para degustar o tradicional caruru.

01/12/2023 às 07h40
Por: Redação
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Foto Tatiana Azeviche SeturBA
Foto Tatiana Azeviche SeturBA

O vermelho é a cor que vai simbolizar a fé de baianos católicos e adeptos do candomblé, nos próximos dias, por causa das homenagens à Santa Bárbara, a padroeira dos mercados e do Corpo de Bombeiros, que no sincretismo religioso é representada pela orixá Iansã, a deusa dos ventos e das tempestades. Em Salvador, de sexta-feira (1º) a domingo (3), acontece o tríduo, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, que antecede a festa dedicada à santa, na segunda-feira (4), com a participação da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). No dia 4, as comemorações começam no Largo do Pelourinho, às 6h, com alvorada de fogos, seguida de missa campal e procissão por ruas do Centro Histórico. A festa reúne uma multidão, incluindo turistas nacionais e estrangeiros, que aproveitam para degustar o tradicional caruru. 

"A festa atrai milhares de pessoas. Não são apenas as que vêm ao tríduo ou à missa, mas também aquelas que se fazem presentes nas ruas, casarões e estabelecimentos do Centro Histórico. São católicos, candomblecistas e adeptos de outras religiões, que têm uma devoção especial à Santa Bárbara. Ouvimos relatos de turistas que saem daqui emocionados, muitos impressionados com o tamanho da festa e a presença de diversas religiões", explica padre Lázaro Muniz, pároco da Igreja do Rosário dos Pretos. 

  No terreiro Bate Folha, em Mata Escura, a Sociedade Beneficente Santa Bárbara promove homenagens à Bamburucema e Iansã, entidades que representam a santidade católica em religiões de matriz africana. “Os turistas ficam deslumbrados, principalmente, aqueles que chegam antes da festa e têm a oportunidade de conhecer outras atrações do candomblé. Eles demonstram muito interesse em voltar e pedem informações sobre as tradições da Bahia”, relata o ogã do terreiro e presidente da Sociedade, João Antônio Ferreira. 

  A tradição baiana em louvor à santa começou no século 17 e foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia, em 2008. Ela abre o calendário de festas populares religiosas do estado, movimentando a economia do turismo. “O sincretismo religioso é um atrativo diferenciado do turismo baiano, que contagia pessoas do mundo todo. O segmento reúne multidões, que impactam em atividades turísticas, gerando trabalho e receita. Por isso, o Governo do Estado criou o projeto Agô Bahia, para o incremento das manifestações religiosas afro-baianas”, ressalta o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar. 

 Informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia

Foto Tatiana Azeviche SeturBA

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