O Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, tem feito a diferença na vida de mulheres que sofrem com o peso excessivo das mamas. Através do Programa Municipal de Tratamento de Gigantomastia, oferecido gratuitamente pela Prefeitura Municipal através da Fundação Hospitalar, mulheres que atendem aos critérios do programa podem realizar cirurgias de redução de mamas. Mais de 300 mulheres de Feira de Santana já foram beneficiadas pelas cirurgias.
O 8º Mutirão de Cirurgias de Mamas Gigantes, realizado em outubro de 2023, superou as expectativas com mais de 500 atendimentos e a oferta de cirurgias para 96 mulheres que já passaram pelas quatro etapas da triagem. As pacientes serão chamadas para as cirurgias de acordo com a disponibilidade de leitos no hospital. Somente entre janeiro e abril de 2024, foram realizadas nove cirurgias.
Com o objetivo de aumentar o número de vagas para cirurgias ginecológicas e de redução de mamas gigantes, a Prefeitura está ampliando o Centro Cirúrgico do Hospital da Mulher. Segundo a presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, a previsão era realizar duas cirurgias de redução de mamas por mês, mas atualmente, o hospital já realiza até quatro cirurgias por mês.
Histórias de transformação
Fernanda Leal Nunes, recepcionista de 34 anos, sofria com um distúrbio que provocava o crescimento irregular das mamas. Durante 18 anos, ela enfrentou preconceito e dificuldades até conseguir participar da triagem do Programa de Gigantomastias em 2023. O peso excessivo das mamas causava má postura, dores no pescoço e ombros, além de afetar sua autoestima. Em março deste ano, ela passou por cirurgia e retirou 7 kg de mamas.
"Foi a realização de um sonho! Poder melhorar minha qualidade de vida e minha autoestima, que já estava abalada psicologicamente. Estou me recuperando e ansiosa para voltar à minha rotina de trabalho, feliz e grata ao Hospital da Mulher", disse Fernanda.
Marilene Cerqueira Santos, moradora da Rua Nova, também sofria com o peso das mamas gigantes. Ela foi operada na quinta-feira, dia 3 de maio, e após três horas de cirurgia, retirou 7 kg e 500 gramas de mamas.
"Assim que o doutor César Kelly me viu, ele percebeu o meu sofrimento. Hoje estou me sentindo uma nova mulher. Vou esquecer todo o meu sofrimento e vou recomeçar de forma mais leve", disse Marilene, sorrindo e expressando sua gratidão ao Hospital da Mulher.
Mãe e filha operadas juntas
Uma das histórias mais emocionantes do mutirão de 2023 foi a de Leila Rodrigues Pereira, de 38 anos, e sua filha, Raisa Pereira Araújo, de 25 anos. Ambas passaram por todas as etapas do programa e foram aprovadas para a cirurgia de correção do distúrbio de crescimento das mamas gigantes. Elas foram operadas em abril e retornaram para revisão no ambulatório do Hospital da Mulher na manhã desta sexta-feira, 03 de maio. Mãe e filha estão muito satisfeitas com a nova condição de saúde.
"Nem me reconheço! Sem dores no pescoço e ombros. Hoje estou com 6,5 kg de mamas a menos no meu corpo. É uma emoção muito grande! Finalmente eu e minha filha estamos livres", disse Leila.
Outros benefícios do Programa
Thaís Silva, comerciante de 25 anos, também passou pela cirurgia de gigantomastia em abril. Ela notou o problema em 2013, quando seus seios inchavam no período pré-menstrual e não voltavam ao normal. Ela perdeu roupas e precisava recorrer a costureiras para fazer sutiãs sob medida. Thaís tentou por várias vezes conseguir a cirurgia, mas a pandemia suspendeu os mutirões. No mutirão de outubro de 2023, ela foi contemplada com a cirurgia e retirou 5 kg de mamas gigantes.
Segundo Adenilza Moreira Alves, técnica referência e instrumentadora do HIPS, as pacientes do programa recebem todos os cuidados necessários, incluindo exames gratuitos, curativos e revisões pós-cirúrgicas, essenciais para uma rápida recuperação. Após a cirurgia, as pacientes recebem um atestado de 15 dias e um relatório que será avaliado por um perito para possíveis afastamentos prolongados.
Mín. 20° Máx. 28°