Nem sempre a preocupação e angústia indicam a ansiedade como doença, mas o sentimento constante desses sinais podem sinalizar que é necessário uma atenção com a saúde mental. Com o objetivo de atualizar profissionais de saúde e estudantes da área sobre o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), foi promovido workshop sobre o tema nesta quarta-feira (15), no auditório Dr. João Batista Cerqueira.
O evento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (SMS) abordou como identificar a doença, a parte química do cérebro afetada pelo transtorno, além de como acolher o paciente que chega à unidade.
A referência técnica do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III), Margarete Carneiro, compartilhou que além de receber e lidar com pacientes, também sofre com o transtorno ansioso. Para ela, o fato de viver com a TAG lhe traz uma maior empatia com as pessoas.
“Eu descobri a ansiedade generalizada em 1997, antes mesmo de ser psicóloga. Eu tinha uma preocupação excessiva com o futuro, choro fácil, insônia e cheguei a apresentar sintomas depressivos. Hoje, tenho a consciência de que o tratamento não é só usar remédios, envolve a psicoterapia, atividade física, o cuidado com a espiritualidade e acabo tendo uma compreensão maior com pacientes que chegam para serem atendios”, frisou Margarete.
Segundo a referência técnica do CAPS infantil, Liliana Cotias, as crianças que vivem com o transtorno podem manifestar irritabilidade, nervosismo, inquietação, dificuldade de interação e até problemas na escola. “Muitas vezes os pais procuram a unidade com essas queixas. Geralmente, entre cinco e seis anos já dá para observar esses sinais. Nesses casos, os pais ou responsáveis podem vir com os pequenos para fazermos uma avaliação e até verificar se existe alguma comorbidade associada”, pontuou.
Onde procurar atendimento psicológico?
Em Feira de Santana, o atendimento psicológico é ofertado, de maneira gratuita, nas unidades de saúde, de forma virtual pelo serviço de Telepsicologia e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
Nas unidades de saúde, as consultas são feitas por meio de agendamento com psicólogos do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Para ter acesso às consultas virtuais da Telepsicologia, basta acessar o site da Prefeitura de Feira (na aba Saúde) e realizar o cadastro.
É válido destacar que as marcações são para pacientes em qualquer faixa etária, porém no atendimento para menores de 18 anos é preciso da presença de um adulto responsável no momento da primeira consulta.
Já os CAPS são indicados para os casos graves e moderados, em que há uma recorrência dos transtornos. Nesses locais, o acolhimento é feito por demanda espontânea. As unidades dispõem de equipe multidisciplinar formada por psicólogos,nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, fonoaudiólogos e psiquiatras.
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