Nesta quarta-feira (5), as equipes de fisioterapia do Hospital da Mulher e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) participaram de um workshop sobre a Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS). O treinamento foi realizado para aprimorar as práticas avaliativas e interventivas, para que a interlocução entre as duas redes municipais de saúde seja fortalecida, especialmente focando no atendimento de crianças com síndrome de Down, autismo e paralisia cerebral.
A Escala Motora Infantil de Alberta é uma ferramenta validada no Brasil utilizada para avaliar o desenvolvimento motor grosso de bebês e crianças pequenas. Junto com a Escala de Desenvolvimento de Denver, que serve para triagem das habilidades de desenvolvimento, estas escalas são fundamentais para identificar atrasos no desenvolvimento e direcionar intervenções adequadas.
Edla Carla Alves, fisioterapeuta que ministrou o workshop, explicou a importância da Escala de Alberta. “Hoje falamos sobre a AIMS, que é bastante usada por pesquisadores e cientistas para avaliar o desenvolvimento motor grosso. Aqui no ambulatório, avaliamos bebês com atraso no desenvolvimento motor nesta escala. Quanto mais fazemos essa interação, melhor podemos encaminhar pacientes com atrasos importantes para redes especializadas, como a APAE”.
A interação entre o Hospital da Mulher e a APAE é importante para que crianças com atrasos no desenvolvimento recebam o atendimento adequado. Edla Carla destacou que “essa interação entre as equipes é boa porque elas entendem o motivo de estarmos encaminhando essas crianças. Usamos a Denver para triagem e a Alberta para avaliação motora grossa, encaminhado para intervenção conforme necessário”.
Carol Zatti, supervisora do Centro Especializado de Reabilitação II (CER) da APAE, ressaltou os benefícios da capacitação para a equipe. “Recebemos muitos relatórios baseados na Alberta e solicitamos a capacitação para a equipe. Isso nos beneficia porque, ao fazer avaliações baseadas na escala, podemos qualificar melhor a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade) e classificar a parte motora das crianças. Trabalhamos com objetivos baseados nos objetivos SMART, e a partir de uma avaliação validada, conseguimos definir objetivos funcionais mais eficazes para a reabilitação das crianças”, explicou.
“A integração entre nossas equipes é fundamental para garantir que cada criança receba o atendimento especializado que necessita. Investir na capacitação contínua dos nossos profissionais e fortalecer parcerias como esta com a APAE permite que possamos oferecer um cuidado de excelência e melhorar a qualidade de vida das crianças atendidas”, destaca Gilberte Lucas, diretora presidente da Fundação Hospitalar.
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