No último sábado (8), a Secretaria de Políticas para as Mulheres promoveu um encontro de famílias com o intuito de discutir a relevância da criação de redes de apoio no combate à LGBTfobia parental. O evento foi um marco na luta pela igualdade e representatividade, reunindo diversas famílias em um ambiente acolhedor e propício ao diálogo.
Uma mãe participante expressou sua profunda satisfação com o encontro, destacando sua importância como ferramenta de apoio mútuo entre as famílias: "É fundamental para auxiliarmos umas às outras e oferecermos ajuda sempre que necessário. Adquirir conhecimento, compreender melhor as pessoas e permitir que elas nos compreendam também é maravilhoso, fortalecendo nossos laços. Juntas, somos mais fortes."
Fábio Ribeiro, chefe da Divisão de Promoção dos Direitos das Minorias, reforçou o objetivo central do encontro. "Realizamos o primeiro encontro de famílias LGBTQIA+, um grupo diverso que compõe o ambiente familiar, reunidos para combater a discriminação que essas pessoas enfrentam em seu lar. A partir de agora, contamos com essas mães, pais e exemplos de famílias que servirão de apoio para aqueles que sofrem discriminação. Lançaremos em breve a próxima carta da família de Feira de Santana, onde apresentaremos esses princípios, vivências e exemplos, demonstrando que a aceitação das pessoas LGBTQIAPN+ e a formação de suas famílias são possíveis".
O casal Fernando Araújo, homem trans, e Josh, pessoa não binária, ressaltou a importância do evento para ampliar a compreensão. "Só assim conseguiremos viver em harmonia. O mundo pede isso, nós pedimos isso. A importância de trazer a família para esse ambiente é proporcionar o acolhimento que buscamos, pois sabemos que é difícil. Temos que nos expor todos os dias, desde o momento em que começamos a existir. Trazer a família para entender nosso lado, mesmo que um pouco, é essencial", disse Fernando.
"Quando os pais estão dispostos a compreender, faz toda a diferença em nossa vida. É muito bom ter alguém ao nosso lado que nos apoia e vive isso conosco. Não nos sentimos sós. Passar por tudo isso é muito complicado, e passar sozinho é ainda pior", concluiu Josh.
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