Os direitos sexuais e reprodutivos foram pauta da capacitação para médicos e enfermeiros que atuam na rede municipal de saúde de Feira de Santana. O evento ocorrido nesta quinta-feira (4), no auditório da Unex, teve como objetivo debater a melhoria do acolhimento nos postos de saúde.
De acordo com a ginecologista, Andréia Alencar, foram prestadas orientações sobre métodos contraceptivos, com foco para os reversíveis de longa duração, que são os mais utilizados e eficazes no mundo inteiro, inclusive para adolescentes, a partir dos 13 anos de idade.
“É importante capacitar esses profissionais porque eles são a porta de entrada das pessoas na saúde. A unidade básica de saúde é o primeiro contato que o paciente não emergencial terá. Estando bem preparados, eles terão melhores condições de acolher, receber e orientar os pacientes que irão de forma segura evitar a gravidez e planejar a gestão de forma planejada no momento ideal”, ressaltou a médica.
O enfermeiro, Valterney Morais, destaca que o debate está relacionado aos direitos humanos. Nessa perspectiva, é necessário entender que a diversidade existe, mas as diferenças não podem ser transformadas em desigualdades. Na oportunidade, o também docente trouxe a estudante de enfermagem, Vitória Santos, que é uma mulher lésbica desfeminilizada, e o linguista Apólo Vicent, que é um homem trans, para contribuir com sugestões para um atendimento que não reproduza violências a essa população.
“O grupo técnico LGBTQIAPN+ da Secretaria Municipal de Saúde com apoio do Grupo União e Respeito pela Diversidade e a Liga LGBTQIAPN+ do Centro Universitário Nobre mostrou que as pessoas LGBTQIAPN+ tem direito as tecnologias contraceptivas e conceptivas e que a equipe da rede municipal de saúde precisa estar atenta para dar o que essas pessoas merecem, uma assistência integral e equânime”, pontuou.
Fotos: Danielly Freitas
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