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Alguns bairros de Feira e seus nomes curiosos

Com esse novo modelo de construção imobiliária, os conglomerados residenciais ganham nomes sofisticados

29/08/2024 às 09h33
Por: Redação
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Foto: ACM
Foto: ACM

Assim como uma casa é dividida em cômodos, uma cidade é dividida em bairros que, quantitativamente, dependem diretamente da dimensão da urbe. No caso de Feira de Santana, com o acelerado crescimento, estima-se em mais de 80 o número de bairros, muitos surgidos de forma natural, sem qualquer planejamento, o que se vem tornado raro ultimamente, com o advento dos chamados bairros planejados, anunciados por empresas do ramo.

Com esse novo modelo de construção imobiliária, os conglomerados residenciais ganham nomes sofisticados, até de referência estrangeira, diferente do que ocorria muito antes de Feira de Santana atingir o grau que hoje, merecimento ostenta, de metrópole. Muitos bairros antigos têm denominações referentes a eventos, personalidades locais ou nacionais e homenagens diversas, o que se pode considerar perfeitamente normal.

Por exemplo: Kalilândia (hoje já centro da cidade), justa homenagem ao Dr. Elias Kalile, que chegando a esta cidade e ali indo residir, adquiriu terras e implantou o bairro com uma visão avançada para a época, construindo e vendendo casas e lotes de terra. Assim o dr. Kalili teria sido pioneiro, ou um dos primeiros, como empreendedor no ramo imobiliário no início do século passado. Brasília, logicamente uma referência à nova Capital Federal.

Baraúnas, porque ali havia árvores que têm esse nome. Ponto Central, devido à localização bem próxima ao centro comercial. Sobradinho, pela existência de um antigo sobrado, típica morada de antigos fazendeiros. Santo Antônio dos Prazeres, Capuchinhos, Santa Mônica, Chácara São Cosme e outros, numa relação direta com personalidades religiosas. Cidade Nova - surgido em 1969, o primeiro núcleo habitacional de iniciativa oficial, através da URBIS, foi “batizado” de Cidade Nova, pela sua grandiosidade. Irmã Dulce, antigo Vietnã, trocando-se o nome de um país, vindo de uma guerra, pelo de uma mulher santificada, pela difusão do amor e da paz.

Há bairros com nomes que podem confundir o visitante ou até mesmo deixá-lo em completo desconhecimento. Casos como o bairro SIM que pode ser atribuído à resposta de alguém em determinada situação, mas que na verdade, refere-se ao Serviço de Integração de Migrantes (SIM) surgido na década de 1970, por iniciativa do pastor Josué Mello.  O Pilão conforme versão popular ganhou esse nome em alusão a uma senhora, “baixa e troncuda” que era dona de uma venda muito concorrida. Um dia, em meio a uma confusão, ela teria colocado para fora da bodega um cliente indesejado, que externou sua insatisfação: “tá certo seu ‘pilão’ eu nunca mais entro aqui”.

Daí em diante era a venda do pilão, chegando-se a chamar o local de “pilão sem tampa”, por tanto nada tendo a ver, com o pilão, peça de madeira usada para triturar grãos como café e milho. Tanque da Nação, nos fundos do antigo quartel da Polícia Militar, devido ao enorme tanque, onde a rapaziada tomava banho. Limoeiro, Minadouro, Jardim Acácia, Lagoa Salgada e tantos outros, por razões óbvias.

Todavia há bairros de topônimos estranhos, ou no mínimo curiosos como o Tomba. Na época em que ele começou a ser formado, havia a estrada de ferro. Passava por ali o trem com destino a São Gonçalo dos Campos e na subida, a máquina, empregando grande força, parecia ‘tremer’, como se fosse tombar. A meninada, que esperava a passagem do trem, gritava ‘hoje ele tomba’, ‘vai tombar’, ‘ele tomba’. Na verdade, parece que isso nunca aconteceu - o trem nunca tombou -, mas o nome veio a consagrar um dos mais importantes bairros da cidade: o Tomba.

Pedra do Descanso, segundo historiadores, era um local onde algumas pessoas paravam para descansar, notabilizando-se entre elas Lucas da Feira. Não menos interessante é o bairro Pampalona. Esse verbete não inserido no Dicionário da Língua Portuguesa, teria surgido no início do século passado, por conta de um rapaz que montava um cavalo pampa (pelo de duas cores), usando um pedaço de lona em lugar da sela. Sempre que alguém queria se referir ao local, ainda sem denominação, dizia: “ali onde mora o rapaz do cavalo pampa com a lona”.  Logo foi simplificado para “Pampalona” e assim ficou conhecido o bairro. 

Por: Zadir Marques Porto

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