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Saúde CATAPORA

Bahia é o estado com mais casos de catapora em 2024

Nessa sexta-feira (30), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que o crescimento de casos está associado à vacinação.

02/09/2024 às 07h49
Por: Redação
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Foto: Ascom/Sesab
Foto: Ascom/Sesab

A Bahia tem o maior número de casos confirmados de catapora no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e 21 de agosto deste ano, foram 482 ocorrências. Os baianos estão à frente até de estados mais populosos, como São Paulo e Minas Gerais. A pasta informou que os dados ainda podem ser revisados. Já a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) contabilizou até a sábado (28), 743 pacientes e 19 surtos. Nessa sexta-feira (30), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que o crescimento de casos está associado à vacinação.

“A questão da catapora é fundamentalmente vacinação. Temos vacina disponível, então, é preciso estimular que as crianças não deixem de ser vacinadas como forma de proteção contra essa doença”, afirmou a ministra durante visita ao Hospital Martagão Gesteira, no Tororó.

A catapora tem o nome científico de Varicela, é provocada pelo vírus Varicela-Zoster e é mais comum em crianças. Apesar de ser geralmente benigna, a principal preocupação é que essa é uma doença altamente contagiosa. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a Bahia é o estado com o maior número de infecções do país. Em segundo lugar aparece Minas Gerais (472 casos), sendo seguido por Roraima (382), Paraná (374) e Rio Grande do Sul (268).

Dos 417 municípios do estado, 147 notificaram casos da doença. As cidades de Prado, Pedrão e Pindobaçu lideram a lista de infecções por habitante. O subsecretário da Sesab, Paulo Barbosa, disse que a secretaria está acompanhando. “A vigilância está atenta e esperamos que possamos resolver em um breve espaço de tempo”, disse.

Apesar dos números, a Sesab afirmou que o cenário está melhor que no ano passado. Em 2023, de janeiro a agosto, foram registrados 929 casos de catapora, 20% a mais que no mesmo período deste ano. O filho da manicure Raíssa Lima, 34 anos, teve catapora no começo do ano. O pequeno Arthur, 5 anos, apresentou febre, mal-estar e coceira, além das bolhas pelo corpo.

“A médica disse que não era preocupante. Eu tive catapora e sei que infelizmente é algo muito comum na infância. Ela passou uma medicação para a febre e pediu para que eu ficasse monitorando, caso a febre aumentasse, para levar ele de volta para o posto, mas deu tudo certo. Ele reclamou muito da coceira, mas passou”, conta, aliviada.

A catapora pode provocar sintomas como manchas vermelhas e bolhas no corpo, mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre baixa. A recomendação é sempre que perceber os sintomas procurar o serviço de saúde e manter o afastamento de outras pessoas, porque a transmissão é rápida. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados.

Segundo a Sesab, a maior incidência tem sido em bebês menores de 1 ano de idade, uma média de 26,2 casos para cada 100 mil habitantes, e em crianças de 1 a 4 anos, com 15,5 confirmações para cada 100 mil habitantes. Em termos de gênero, a incidência tem sido quase igual, sendo 50,3% dos pacientes do sexo masculino e 49,7% do sexo feminino.

Em nota, a Sesab informou que a Bahia registrou 17 internações por conta da catapora, dez a menos que em 2023, e que 15 gestantes foram diagnósticas com a doença. Em agosto, o Esporte Clube Vitória precisou afastar jogadores que estavam com catapora. A Sesab fez um balanço dos surtos registrados até 24 de agosto.

“De acordo com a análise do módulo Surto do Sinan-Net, foram registrados 19 surtos de varicela distribuídos em 11 municípios, com maior ocorrência no município de Pindobaçu (6 surtos), seguido por Salvador (4 surtos). Em relação ao mesmo período em 2023, foram registrados 43 surtos de varicela em 19 municípios, sendo maior ocorrência em Salvador (8 surtos)”, diz a nota.

 O tratamento envolve analgésicos, antitérmicos e antialérgicos para aliviar a dor de cabeça, baixar a febre e reduzir a coceira. A medicação errada pode agravar a situação, por isso, a recomendação é buscar um médico. As unhas devem ser cortadas para evitar feridas e a higiene deve ser feita apenas com água e sabão. Compressa de água fria também ajudam a acalmar a coceira. É importante sempre lavar as mãos após tocar nas lesões e não compartilhar objetos pessoais.

Confira o ranking dos estados com mais casos confirmados:

  • BA – 482 casos
  • MG – 472
  • RR – 382
  • PR – 374
  • RS – 268
  • RJ – 217
  • CE – 134
  • GO – 113

Foto: Ascom/Sesab

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