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Especiais FEIRA 191 ANOS

O Fluminense ainda sofre uma velha praga?

Esta reportagem faz parte da série de matérias especiais elaboradas pela Secom alusivas ao aniversário da Cidade

17/09/2024 às 08h15
Por: Redação
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 Foto: Aquivos Fluminense de Feira
 Foto: Aquivos Fluminense de Feira

Há quem acredite e, naturalmente, quem não. Mas na vida é assim mesmo. Como diz o adágio “se não fosse o gosto, o que seria do amarelo?”. Só que, no caso, trata-se do tricolor: o Fluminense de Feira Futebol Clube. Campeão baiano de 1963 e 1969, o Touro, atualmente na segunda divisão do estadual, fez um trabalho importante este ano, com forte investimento, e não conseguiu subir, quando a torcida, praticamente, já comemorava sua presença na primeira divisão em 2025.

“Elenco mal formado”, dizem uns. “Técnico incompetente”, garantem outros, mas ainda há quem lembre da “praga” lançada pelo “pai de santo” Paulo Caveira, contra o tricolor. Na década de 1970, chamado de “O Santos do Nordeste” pela qualidade do seu elenco, o Fluminense desfrutava de enorme prestígio em todo o país.

Foi quando Paulo Caveira, considerado o babalorixá número um de Cachoeira, entrou na vida do clube, que nada fazia sem primeiro ouvi-lo. A delegação ia viajar para Serrinha e Paulo, que já assumira postura diretiva, entrou no veículo e tomou assento privilegiado, o que já se poderia considerar normal, mas dessa vez um dirigente disse não!

Barrado e tendo seu prestígio abalado, o cachoeirano foi enfático: “Tudo bem, mas esse time jamais voltará a ser campeão!”. À imprensa, ele garantiu: “Enterrei no Joia uma cabeça de burro, adeus Fluminense!”. A partir daí as coisas tornaram-se difíceis para o tricolor. Na década de 1980, o gramado do Joia foi totalmente substituído, e na retirada do material, lá estava uma ossada de animal, que seria a “cabeça de burro”.

Logo veio a comemoração, acreditando-se no fim da praga de Paulo Caveira, mas para alguns ela resiste, apesar de ‘trabalhos’ feitos para quebrar o encanto. Superstição ou não, o Fluminense de Feira jamais voltou a ter as conquistas até então obtidas. Paulo Caveira já se foi do mundo físico. Muitos desportistas mais jovens jamais ouviram falar dele, mas alguns antigos torcedores do campeão de 63/69 ainda se benzem só em lembrar!

Esta reportagem faz parte da série de matérias especiais elaboradas pela Secretaria de Comunicação Social destacando personalidades feirenses, monumentos, órgãos e empresas que fazem parte da história do município. A iniciativa comemora o aniversário de 191 anos de emancipação político-administrativa de Feira de Santana, celebrado em 18 de setembro.

Por: Zadir Marques Porto

 Fotos: Aquivos Fluminense de Feira

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