Um detalhe importante, e isso está na história, é que a instalação da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, ocorrida em 1833, foi na Capela de Santana, que teria sido visitada em 1859 pelo Imperador Dom Pedro II e pela Imperatriz, em viagem ao Norte do país, atraídos pela fama da feira livre e da feira do gado aqui realizadas. Cronologicamente, em 1846/1847, com a elevação de Capela para Freguesia ou Paróquia, o padre José Tavares da Silva tornou-se o último capelão de Santana e, consequentemente, o primeiro vigário de Santana da Feira. Mediante essa ascensão, o belo jardim da Capela foi transformado em cemitério.
Em 1914, quando era vigário, o cônego Tertuliano Carneiro da Silva ergueu as torres desse templo católico, verificando-se uma festa comemorativa. Em 1915, houve uma remodelação interna, com a construção do Altar-Mor e a colocação do quadro e dos anjos, trabalho realizado pelo arquiteto alemão Kalman Linhart. Em 1916, foi construído o coreto existente na praça, em frente à igreja. Já em 1932, foi construído o altar do Coração de Jesus e instalado o forro de talha.
A elevação da Capela de Santana a Igreja Matriz aconteceu no ano de 1847. Posteriormente, em 1878, o padre Ovídio de São Boaventura introduziu o gradil de ferro na igreja. Ele também realizou melhorias na Sacristia, em 1882. Em 1962, o Papa João XXIII criou a Diocese de Feira de Santana e a Matriz tornou-se Catedral.
Nesse ano, tomou posse o primeiro bispo da Diocese de Feira de Santana, Dom Jackson Berenquer Prado. Em 1973, Dom Silvério Albuquerque assumiu o bispado. Dom Itamar Vian foi o terceiro bispo da Diocese, tendo ocupado o cargo em 1995. Em 16 de janeiro de 2002, a diocese de Feira foi elevada a arquidiocese, mediante decreto do Papa João Paulo II, e Dom Itamar foi o primeiro arcebispo. O atual arcebispo metropolitano é Dom Zanoni Demettino Castro.
Intimamente ligada à vida da Arquidiocese, a Festa de Santana, que ocorre anualmente no período de 17 a 25 do mês de julho, incluindo o novenário, a Procissão do Fogaréu e a Procissão de Santana, é um grande momento de louvor à Padroeira do Município. Todavia, não existe registro sobre o início da festividade, acreditando-se que isso tenha ocorrido ainda no tempo colonial.
Por: Zadir Marques Porto
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