Especialistas, autoridades locais e representantes da segurança pública se reuniram nesta quarta-feira (12), no auditório da Secretaria de Educação, para discutir a importância dos Observatórios Municipais de Segurança Pública (OSEP). O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Prevenção à Violência (Seprev), teve como objetivo destacar a relevância do uso de dados concretos na formulação de estratégias de segurança pública.
O secretário municipal de Prevenção à Violência de Feira de Santana, Luziel Andrade de Oliveira, destacou a importância de se trabalhar com informações precisas sobre os incidentes que ocorrem na cidade. “Hoje a gente ouve muitas coisas, mas não temos uma definição exata do quantitativo, do local, do horário. Esse trabalho vai permitir à Guarda Municipal planejar operações de forma mais eficiente, seja para combater ou prevenir crimes”, pontua.
Pedro Prates Ottoni Profilo, sociólogo da Universidade Federal de Minas Gerais, apresentou o projeto OSEP, que visa capacitar operadores de observatórios municipais de segurança. Segundo ele, o projeto busca capacitar agentes para a coleta e análise de dados que ajudem no desenvolvimento de políticas públicas e na interagencialidade, ou seja, no trabalho conjunto entre diversas instituições. "O objetivo é que esses observatórios funcionem de forma independente e contínua, com rotinas de coleta e análise de dados, auxiliando no trabalho das Guardas Municipais", explicou.
Já Antônio Carlos Magalhães Lima, guarda civil municipal de Salvador e especialista em estatísticas criminais, compartilhou sua experiência na implantação de observatórios em Salvador e como a Guarda Municipal de Feira de Santana pode se beneficiar com a criação de um núcleo semelhante. Ele destacou a importância dessa estrutura para atender às exigências do Ministério da Justiça e colaborar com outros órgãos de segurança pública a nível nacional.
Paulo Ribeiro, vice-prefeito de Santanópolis, também esteve presente no evento e falou sobre a importância da parceria entre Feira de Santana e outros municípios da microregião. “Estamos buscando ampliar o conhecimento e a segurança para as cidades da nossa região. A segurança não é responsabilidade de um município isolado, mas de um consórcio entre cidades que possam compartilhar informações e estratégias para proteger melhor a comunidade”, afirmou.