O estado da Bahia está na disputa para sediar, em 2027, o Campeonato Pan-Americano de Dragon Boat, evento que, caso confirmado, será realizado pela primeira vez em um país da América do Sul. A decisão final será anunciada no início de julho, no Canadá, durante o 6º Campeonato Pan-Americano da modalidade, que tem origem chinesa.

Na semana passada, a Bahia recebeu a visita do presidente da Pan-American Dragon Boat Federation (PADBF), Franco Siu Chong, e do vice-presidente da International Dragon Boat Federation, Matthew Smith. Entre os dias 22 e 29 de março, eles estiveram em Paulo Afonso, onde a prática do dragon boat já é consolidada; e em Salvador, onde realizaram vistorias técnicas para avaliar os melhores locais para sediar a competição.

Acompanhados pelo diretor de Fomento ao Esporte da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Wilton Brandão, os dirigentes visitaram, na capital baiana, o Dique do Tororó e a praia da Ribeira. “A comitiva ficou bastante entusiasmada com o que viu, especialmente na Cidade Baixa, que oferece as condições ideais para a realização da prova”, destacou Wilton Brandão.

Além das características do espelho d’água, a ausência de vento e a facilidade de acesso para chegada e saída das embarcações foram pontos elogiados pelos representantes das federações internacionais. A vistoria também contou com a participação de Rogério Xavier, presidente da Confederação Brasileira de Dragon Boat, e de Cesare Decarli, presidente da Associação Carranca Boat.

Caso a Bahia seja confirmada como sede do evento, será um marco para o desenvolvimento da modalidade no estado. O diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, ressaltou a importância dessa possível conquista. “Esse evento reforça o impacto dos investimentos que o Governo do Estado tem feito no dragon boat nos últimos anos, fomentando sua prática e ampliando o acesso ao esporte”, afirmou.

Desde 2022, o Governo da Bahia, por meio da Sudesb, autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), mantém núcleos de aulas gratuitas de dragon boat em Salvador, Paulo Afonso, São Félix e Camamu. Atualmente, cerca de 520 crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e mulheres em tratamento ou enfrentamento ao câncer de mama participam das atividades. As aulas ocorrem de segunda a sexta-feira, nos turnos da manhã e tarde, com cada turma tendo duas aulas por semana.

Sobre o dragon boat 

A modalidade é praticada em embarcações de 13 metros de comprimento, tripuladas por até 20 remadores, um timoneiro e um ritmista, totalizando 22 atletas por barco. A remada coletiva e sincronizada fortalece o espírito de equipe e promove o desenvolvimento físico e social dos participantes.

Fonte: Ascom/Sudesb

Foto: João Ubaldo/Sudesb.