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Música e cultura nordestina marcam 14º Festival de Sanfoneiros em Feira

O evento não apenas celebrou a música, mas também fortaleceu a identidade cultural da cidade

Redação
Por: Redação
26/05/2025 às 08h21
Música e cultura nordestina marcam 14º Festival de Sanfoneiros em Feira
Foto: Bárbara Barreto

Na noite desta sexta-feira (23), o Centro de Convenções de Feira de Santana foi palco da 14ª edição do Festival de Sanfoneiros. Sob o tema "Fusões Sonoras", a edição deste ano propôs uma reflexão sobre a sanfona e sua interação com outros instrumentos musicais, explorando possibilidades inusitadas de instrumentação junto ao acordeon.

O festival, promovido anualmente, reuniu músicos de diversas regiões do Brasil, reafirmando o compromisso da cidade com a valorização da música regional e a promoção da sanfona como expressão cultural da Bahia e do Brasil.

“É muito mais que um festival, é o resgate da cultura, é o empoderamento, é a valorização das raízes nordestinas, e por isso que Feira de Santana, por ser essa cidade tão plural, tão rica naturalmente, se engrandece num momento como esse, e a sociedade abraça porque o forró, a sanfona, faz parte da nossa história, da nossa tradição”, destaca o secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Cristiano Lôbo.

Durante o evento, o mestre Baio do Acordeon foi homenageado com uma peça em madeira produzida especialmente para o festival pelo artista plástico feirense Mateus Guimarães, reconhecendo sua contribuição à música nordestina.

O festival contou ainda com apresentações de nove sanfoneiros selecionados em quatro categorias:

  • Categoria Nacional: Andrezinho (São Luís-MA), Jean Panisson (Dois Vizinhos-PR), André Leal (Caruaru-PE) e Romário Acordeon (Santa Rita-PB).
  • Categoria Regional Nordestina até 8 Baixos: Luan dos 8 Baixos (São Paulo-SP) e Ivison (Caruaru-PE).
  • Categoria Regional Nordestina acima de 8 Baixos: Felipe Sanfoneiro (Juazeiro do Norte-CE) e Angelo Gabriel (Olinda-PE).
  • Categoria Infantojuvenil: Arthur (Caruaru-PE), de 7 anos, fez sua estreia no festival.

O evento não apenas celebrou a música, mas também fortaleceu a identidade cultural da cidade, promovendo a sanfona como símbolo de resistência, inovação musical, e servindo como plataforma para a formação de novos talentos.

Ivison, de Caruaru, compartilhou sua experiência: "Cada participação é como se fosse a primeira vez, com aquele nervosismo e frio na barriga. Carregar esse instrumento no peito é uma grande responsabilidade, sabendo dos mestres que passaram por aqui. Estar aqui com meu filho Arthur, tocando o oito baixos, é uma fusão sonora que representa a continuidade da nossa tradição", diz ele, que participa do festival pela quarta vez, mas a primeira ao lado do filho.

Luan, de São Bernardo do Campo, destacou a importância de manter viva a tradição do Oito Baixos: "A cena de forró em São Paulo é imensa, mas poucos tocam o Oito Baixos. Nossa missão é inspirar a juventude a tocar esse instrumento, não apenas como herança, mas como uma paixão que deve ser compartilhada e mantida viva", ressalta.

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