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Seca e quebra na produção deverão encarecer produtos da mesa junina

Culturas de ciclos produtivos curtos, as colheitas do milho e do amendoim acontecem, em média, três meses após o plantio

Redação
Por: Redação
10/06/2025 às 10h15
Seca e quebra na produção deverão encarecer produtos da mesa junina
Foto: Apolo Rocha

Festas juninas são sinônimo de alegria e mesa farta. Mas, neste ano, o atraso nas chuvas de fevereiro e março prejudicou as safras de milho e amendoim, itens que não devem faltar nas festas familiares ou aquelas que também reúnem os amigos para dançar forró e... comer.

Culturas de ciclos produtivos curtos, as colheitas do milho e do amendoim acontecem, em média, três meses após o plantio, que é realizado geralmente durante as chuvas de março. A irrigação é a alternativa de abastecimento.

No Centro de Abastecimento, a vendedora Damile Santana disse que, neste ano, o milho verde e o amendoim que está vendendo foram trazidos de Sergipe. A importação de longa distância encarece ainda mais os produtos, afirmou.

Ela está vendendo a saca de amendoim por R$ 400 e o balde, com capacidade para cinco litros, por R$ 15. Segundo ela, os preços estão mais altos do que no ano passado, quando vendeu a saca por R$ 300. Com viés de alta a partir da próxima semana.

Ela também vende milho. A saca com cem espigas está saindo por R$ 80. No varejo, oito unidades estão sendo vendidas por R$ 10. O produto também enfrenta escassez devido à falta de chuvas. Os preços da laranja, outro item presente na mesa junina, ainda estão estáveis. Mas, assim como os outros, existe a tendência de alta nos próximos dias.

Ariosvaldo da Silva vende amendoim no atacado. Ele traz o produto de São Felipe, município localizado no Recôncavo, onde mora. Está cobrando R$ 250 pela saca com 60 litros. "As vendas ainda não estão aquecidas como no passado. Mas a proximidade da festa vai melhorar."

Segundo ele, os preços deverão subir porque houve significativa quebra na safra na região onde mora, devido à seca. "Tradicionalmente os preços sobem com a chegada do São João, mas neste ano acredito que o aumento será maior do que em anos anteriores."

Os preços vão deixar os produtos salgados – a tradição manda cozinhá-los ou torrá-los, os amendoins, ou assá-los no caso do milho. Mas a diminuição na quantidade servida pode ser a solução para os preços altos.

A quebra na produção, devido à ausência das chuvas, leva ao desabastecimento. Há o produto, que vem de outros municípios ou estados vizinhos, geralmente cultivado em sistemas de irrigação, o que encarece ainda mais o produto.

O problema é o preço que já está bem maior do que o cobrado no ano passado. E, segundo comerciantes do Centro de Abastecimento, a tendência é de alta ainda maior com a aproximação do período festivo, que aumenta a procura, mas a oferta deverá ser menor do que em 2024.

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