De um lado, duas colunas de mesas formam a colorida passarela do licor. Do outro, o cheiro das comidas típicas levadas às mesas juninas toma conta do ambiente e enche os olhos de quem admira essa culinária. Os espaços do Arraiá do Comércio foram bem definidos.

Mais à frente, na praça Bernardino Bahia, sentido à rua Sales Barbosa, foram instaladas as barracas onde artesãos expõem e vendem suas criações. No local, um painel de dimensões médias mostra uma antiga vila sertaneja, com capela e tudo mais. Uma forma de caracterizar o ambiente, um sopro à antiguidade caatingueira.

O colorido dos litros de licores expostos nas mesas, a qualidade e quantidade de sabores deixam quem gosta desse tipo de bebida salivando. São vendidos por litro, com preços variando de R$ 20 a R$ 30, dependendo do tipo – os tradicionais infusados são mais caros do que os cremosos.

Dona Maria das Graças de Jesus trouxe da Matinha, onde reside e faz os licores que vende no Arraiá, 11 sabores da bebida mais consumida nos arraiás. Disse que as vendas estão boas e que a expectativa é de que sejam melhores do que no ano passado.

A meta dela é vender entre 700 e 800 litros até domingo, quando a programação é encerrada. “Estamos animados”, afirmou, apontando para as caixas vazias. Ela disse que a preparação do licor que será trazido em 2026 já começa a ser produzida a partir de julho. “Coloco na bomba (vasilha plástica grande) mil litros de álcool.”

Ao lado, Dona Maria de Jesus Vitória vende castanhas, que ela mesma assa, e pamonha, que faz em sua cozinha. Disse que está satisfeita com as vendas nestes primeiros dias. “Acredito que todos (vendedores) estejam satisfeitos.”

O fogo sob a chapa metálica a deixa preparada para assar em minutos o beiju recheado, uma das iguarias mais procuradas no arraiá. São dezenas de sabores. A unidade sai por R$ 12. “As vendas das comidas estão acontecendo dentro do esperado”, disse Joana Gonçalves, que mora no Alto do Papagaio.

Potes com sequilhos, bolos de vários sabores e doces também podem ser vistos nas bancas. “O interessante é que os preços estão dentro da realidade de quem vem se divertir aqui e aproveita para comer algo especial”, afirmou Mismara de Jesus, que reside na Lagoa Salgada.

Depois de uns forrós, deve-se correr para onde estão instaladas essas bancas. Afinal, dançar gasta energia e saco vazio não se segura em pé.