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Alckmin detalha incentivo à indústria automotiva e redução de preço de carros, caminhões e ônibus

Iniciativa dará descontos direto ao consumidor de 1,6% a 11,6% para carros novos, com base em critérios de preço, emissão de poluentes e cadeia produtiva; caminhões e ônibus também entram

06/06/2023 às 11h00
Por: Redação
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Foto: Ricardo Stuckert (PR)
Foto: Ricardo Stuckert (PR)

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta segunda-feira, 5/6, que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva assinou Medida Provisória criando um programa temporário de incentivo à indústria automobilística brasileira. A norma prevê redução de preço dos automóveis e incentivo à renovação da frota de caminhões e ônibus com mais de 20 anos de uso, com descontos direto ao consumidor.
 

Em coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), ele detalhou como o desconto vai funcionar. Segundo Alckmin, o programa de incentivo tem o objetivo de devolver o dinamismo a um dos setores mais importantes da indústria brasileira .
 

"A indústria automobilística representa 20% da manufatura brasileira, mais de 1,2 milhão de empregos, e está com 50% de ociosidade. E nós entendemos que é uma medida transitória", explicou o vice-presidente. "Me lembro quando comprei meu primeiro carro, foi em 48 parcelas; depois troquei, 48 parcelas. Hoje mais de 70% dos veículos só são vendidos à vista, então não vende".

FAIXAS DE DESCONTO – Alckmin detalhou que o programa terá três critérios para conceder os maiores descontos: o social, pelo menor preço; o ambiental, para veículos que emitem menos poluentes; e o da densidade industrial, para modelos que possuam um percentual maior de peças e componentes produzidos no Brasil, gerando mais empregos na cadeia produtiva.
 

O programa alcança carros com preços de mercado até R 120 mi. Os descontos vão de 1,6% a 11,6%. Dessa forma, ficam entre R 2 mil a R 8 mil. Tais valores serão abatidos no momento da compra junto à concessionária.
 

O valor que a concessionária deixar de receber será coberto pela montadora, que reverterá o montante em crédito tributário. Tal crédito poderá ser usado para pagar tributos ou fazer abatimentos em declarações futuras.


Outro ponto importante é que as vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.

CAMINHÕES E ÔNIBUS – Para caminhões e ônibus, o vice-presidente explicou que a intenção é fazer com que os modelos a diesel passem a utilizar o padrão Euro6 em seus motores, para garantir uma emissão ainda menor de poluentes que o padrão atual, o Euro5.

 

"Estamos procurando estimular a renovação da frota. O objetivo disso é tirar o ônibus velho ou o caminhão velho de circulação, que tem mais de 20 anos de uso, que está poluindo, com problema mecânico. Esse estímulo exige que seja retirado esse veículo", disse Alckmin.
 

Segundo o programa, os descontos para caminhões e ônibus vão de R 33,6 mil a R 99,4 mil. Para obter o benefício, o comprador deve apresentar um veículo licenciado com mais de 20 anos que será retirado para reciclagem.
 

"Tem o sentido ambiental, tem o sentido da segurança, da preservação de emprego, de fortalecimento industrial e é transitório. Esperamos que daqui a poucos meses os juros caiam, o crédito fique mais acessível e a economia vá pegando um rumo melhor", explicou o vice-presidente.
 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a inclusão dos veículos maiores no programa ampliou o total de créditos tributários que serão utilizados: de R 500 milhões para R 1,5 bilhão. Dessa forma, serão destinados R 500 milhões para carros leves e menos poluentes, R 700 milhões para caminhões e R 300 milhões para vans e ônibus. O programa acabará quando os recursos disponíveis se esgotarem.
 

A proposta apresentada ainda prevê a antecipação da reoneração de R 2 bilhões em tributos cobrados sobre o óleo diesel, que ocorrerá em duas fases: a primeira em setembro de 2023, e a segunda, em janeiro de 2024.
 

Informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

 Foto: Ricardo Stuckert (PR)

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