Médicos e enfermeiros das redes pública e privada de Feira de Santana participaram de capacitação sobre coqueluche, na manhã desta sexta-feira (21). O encontro ministrado pela infectologista Normeide Pedreira foi coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Epidemiológica.
A subsecretária municipal de Saúde, Valdenice Gonçalves, abriu o evento que abordou a importância do diagnóstico preciso e o acompanhamento adequado dos pacientes. Isso porquê a coqueluche é facilmente transmissível [se dá através das vias respiratórias], e contamina muitas pessoas, sendo que em adultos acomete de forma mais branda, embora seja desconfortável e se arraste por longo período.
“Esses adultos poderão transmitir para as crianças. Aquelas abaixo de 1 ano apresentam risco alto de hospitalização e complicações podendo ir a óbito. A maioria das mortes por coqueluche acontece abaixo de seis meses de idade, mas entre os seis meses e 1 ano tem um número considerado também, o que não significa que a doença não seja grave em outras faixas etárias”, alertou a infectologista.
Somente entre novembro de 2024 e até as primeiras semanas de fevereiro deste ano já foram confirmados 22 casos de coqueluche em Feira de Santana, sendo cinco casos em 2025. Os sintomas são tosse seca por 14 dias ou mais, coriza, mal estar, febre, guincho (som) respiratório e vômitos pós tosse.
PREVENÇÃO
Previne-se através da vacinação que deve ser aplicada em bebês aos dois, quatro e seis meses de vida por meio da pentavalente com primeiro reforço aos 15 meses com a DTP e o segundo reforço aos 4-6 anos, e em gestantes com a vacina DTPa.
“A vacina está disponível na rede pública para todas as crianças e gestantes. Também vale ressaltar que a vacinação na gestante com a DTPa é importante para evitar que o bebê adquira coqueluche antes de poder receber suas próprias vacinas. Isso porque a mãe passa os seus anticorpos pela placenta para o seu bebê e ele já nasce protegido. Então todas as gestantes, a partir da 20ª semana de gestação, devem receber essa vacina para se proteger e para proteger o seu bebê, enfatizou a infectologista Normeide Pedreira.