Entre janeiro e o início de abril deste ano, Feira de Santana registrou 130 casos de Doença de Chagas. Os dados são do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN). A maioria dos infectados está na faixa etária entre 50 e 64 anos. O menor número de casos foi registrado entre bebês de até um ano de idade.
Um estudo da Fiocruz divulgado em dezembro do ano passado apontou que a Bahia tem a quarta maior taxa de mortalidade do país pela doença, acima da média nacional. Apesar disso, Feira não está entre as regiões com maior número de mortes. Segundo o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, o município tem realizado o monitoramento e acompanhamento para controle dos casos por meio da Vigilância Epidemiológica.
“A pesquisa analisou o período de 2008 a 2018 e mostrou que quase 80% dos óbitos tinham a Doença de Chagas como causa principal, e 85% apresentavam problemas cardíacos. O maior risco é que muitas pessoas vivem sem sintomas por anos e só descobrem a doença quando o coração já está bastante comprometido, podendo até dobrar de tamanho e causar insuficiência cardíaca”, alertou o secretário.
O que fazer ao ser picado pelo barbeiro?
Uma das principais formas de transmissão acontece quando, ao coçar o local da picada feita pelo barbeiro, as fezes do inseto entram em contato com a pele ferida, permitindo que o protozoário causador da doença chegue à corrente sanguínea.
Quem tiver sido exposto ao inseto deve procurar o Ambulatório de Infectologia, localizado na Rua Professor Fernando São Paulo, nº 911, bairro São João. No local, a equipe da Vigilância Epidemiológica realiza triagem e investigação dos casos.